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sexta-feira, 4 de abril de 2008

O RAP DOS IDOSOS



No Lar da Terceira Idade Para Cima , os hóspedes andavam numa efervescência louca , pois quatro deles , um de 100 , outro de 110 , outro de 120 e ainda outro de 130 anos de idade , iam organizar um concerto de música rap , em que necessitavam de pelo menos 6 grupos de rappers , se bem que uma das condições exigidas não permitisse a inscrição de hóspedes com menos de 80 anos . As candidaturas poderiam ser feitas através do carteiro , entregues na mercearia ou aos gritos pela linha dos tabuleiros da cozinha , que era o 888 777 xpto , entre as 21h00 e as 6 da manhã.

Encarregue da parte dos acepipes e das bebidas , estaria a Dona Clarimunda , que aos 99 anos de idade , não se calava o dia todo com a mesma conversa de carraça : Quando fizer 100 anos , atinjo a maioridade e não faço mais recados para ninguém , vou gozar a vida , vou-me embora vou partir e tenho uma grande mota.

Mas , como ainda faltavam uns meses para os 100 aninhos , lá teve de ir à mercearia , só que enganou-se e levou a lista , mas dos gatos lá do Lar .

- Dona Clarimunda , o regulamento interno desta mercearia de portas automáticas , obriga a que voçê prove que realmente tem gatos ao seu cargo , de outro modo não podemos vender-lhe as rações , pois já houve casos de alguns dos seus colegas , terem feito grandes raves-parties , com as nossas rações , e , nós não queremos a nossa mercearia ligada aos hippies como voçês. Por isso traga primeiro os gatos , e só depois lhe vendemos a comidinha.

Dona Clarimunda , furiosa com tal tratamento foi na sua mota a toda a velocidade de volta ao Lar . Passado um tempo , voltou à mercearia.

- Ó bacana , estás a ouvir ó minha , já não estou na onda de gatos . Quero levar mas é 100 rolos de papel higiénico , se não for contra o filipado do vosso regulamento.

- Minha cara senhora , o regulamento mantêm-se , tem de fazer prova para que quer 100 rolos de papel higiénico .

- E quem é que disse , que eu não trouxe a prova. Meta a mão dentro dessa caixa e tem a prova.

- A funcionária , arregaça as mangas e enfia os seus dois sebosos braços dentro da caixa com toda a força.

- Aahhhhhhhhh ...... não acredito , os meus braços cheiram tão mal , tão mal , mas o que é que está dentro da caixa ?

- A prova de que eu preciso mesmo de papel higiénico.

Dona Clarimunda num salto mortal para cima da sua mota , enfia o capacete , põe os auscultadores e começa a ouvir .......

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